quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Nada é permanente nesse mundo cruel. Nem mesmo os nossos problemas. Charles Chaplin

      Verdade, como bem disse Chaplin, nada é permanente.... nem mesmo as nossas dores, nossos fardos, nossas mágoas.
      Às vezes nos entregamos à permanência, insistimos que tudo está mal, que as fases ruins não vão passar. E nos entregamos aos espamos cíclicos do conformismo, da decepção, da angústia.
      Mas tudo passa.... assim como o rio flui serenamente rumo औ desemboque, assim também são nossos problemas. Eles virão e temos que conscientemente deixá-los ser carregados pelo tempo.
     Parei por um bom tempo de escrever no blog, essa ferramenta de desabafo, de compartilhamento, de exposição porque estava justamente acumulando resíduos inócuos em minha consciência. Não me permitia औ मु próprio livramento ....
     Hoje, olho para trás e percebo que tudo é aprendizado. Os erros, os acertos, as congruências e as inconcgruências também.
     A psicanálise nos fala de consertar o passado para viver um presente mais equilibrado. Sim, mas acho que temos que dissolver o passado, em partículas  ionizáveis, colocá-las num vácuo e deixá-las transmutar...
Se coloco em um recipiente água aquecida a 100 º C , observo o vapor serpenteando o ambiente. Houve a transmutação. Aquele líquido transformou-se em vapor, que por conseguinte vai se consolidar e assim, ciclicamente, temos os estágios de um elemento químico.
     Os pensamentos humanos também são assim... Precisamos transmutá-los. Tornar vapor aqueles pensamentos vazios, empobrecidos, inócuos e deixá-los ao vento, para que se condensem
 e transmutem em energia boa, energia que brilha e ilumina, a nós mesmos e aos outros.
     As oportunidades em nossas vidas só podem ser vistas se nos desvencilharmos da hipocrisia de querer tudo ao nosso modo e nosso tempo.
     Temos que render graças a Deus, constantemente e com Sua orientação, mergulhar na Luz do Cristo, que nos mostra os caminhos e verdades que precisamos aprender.
     Estou agora comvicta que vou escrever meu livro. Comecei em 2007, com esses escritos sobre Minas, e é justamente sobre o povo mineiro que pretendo dissertar. Esse povo faceiro, cheio de luz, energia e simplicidade. Quero fazer uma analogia entre a religiosidade mineira e a qualidade de vida desse povo.
    É uma idéia, que brotou faz um bom tempo e já estou a caminho da concretização.
    Adoro escrever, adoro observar e adoro compartilhar, nem que seja comigo mesma , minhas prosas e versos, meus lamentos e prantos.
    Por isso blogar é bom.... Parece um divã....  Pena que demorei a voltar, mas agora, volto com histórias e estórias. Contos e causos....
    Volto porque meu coração pede para que eu escreva , que eu rabisque versos, que eu sonhe alto em imprecisas linhas ....
    Desejo muito ter meu livro e esse é o meu "start", melhor "re-start"!!! . /
    Quero adornar páginas com momentos de redenção que se vive nesse nosso estado Gerais.
     E finalizando com Chaplin, nada é permanente neste mundo cruel....... Se é assim, vamos minimizar a crueldade, cultivando a beleza de podermos esperar sempre por dias melhores.
    E assim seja!!!

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Mineiro nunca é o que parece, sobretudo quando parece o que é...(Millor Fernades)

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"...na noite, ao longe apita o trem de Minas

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Montanhas de Minas....

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Fiquei com saudade de um mundo que perdi (por culpa própria): o mundo do tempo comprido, arrastado (os paulistas ficam aflitos ouvindo a fala vagarosa e cantada dos mineiros....); dos móveis feitos a golpes de enxó, orgulhosos de sua rusticidade; das crianças de pés descalços na enxurrada; do cheiro dos cavalos suados; do frango com quiabo, angu e pimenta; do caldo de “ora-pro-nobis” com fubá; do café na canequinha de folha; da cadeira de vime à porta de casa; na rua, meninada brincando; meu pai fumando cachimbo; do banho de cachoeira; sobretudo, saudades do Mar de Minas.

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"Quando Minas se enfraquece, o Brasil definha. Minas é a união, é a liga inquebrantável que une as fissuras dos Brasis: o do norte, sertão agreste, e o do sul. Minas não tem mar porque o mar é salgado. Minas é doce. Suas águas são as águas da unidade nacional.”