sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Dicionário de Mineirês

Não vou nem tecer comentário... apenas dizer, como minha filha Thaís : A-D-O-R-O!!!!!!

ARREDA v.i. 1. Verbo na forma imperativa, semelhante a sair, deslocar-se: Arreda pra lá, sô!
BELZONT
s.p. 1. Capital de Minas Gerais.
BERABA e BERLANDIA s.p. 1. Cidades famosas do Triângulo Mineiro.
COFÓFÔ EU VÔ p.q.p. 1. Conforme for, eu vou.
DEUSDE prep. 1. Desde: Eu sou magrilim deusde que eu era muleque!
ÉMEZZZ? adj. 1. Minerin querendo confirmação.
ESPIA s.p. 1. Nome da popular revista VEJA quando chega na distante e pequena cidade do minerin.
ESTAÇÃ s.m. 1. Onde desembarcam os minerin com suas malas cheias de queijo.
IMMM v.t.i. 1. Forma diminutiva: Piquininimm, lugarzimm, bolimm, vistidimm, sapatimm etc...
.INTORNÁ g.g. 1. Quando não cabe na vasilha. 2. Derramar.
JIGIFORA p.d.s. 1. Cidade mineira próxima ao Estado do Rio de Janeiro, o que confunde a cabeça do minerin que não sabe se é minerin ou carioca.
KINEM k.b.lo 1. Advérbio de comparação - igual: Ela saiu bunita kinem a mãe.
MA QUI BELEEEZZZ p.d.t. 1. Expressão que exprime aprovação; quando gostou de alguma coisa.
MAGRILIM p.d.v. 1. Indivíduo muito magro.
MINERIN p.lé 1. Típico habitante das Minas Gerais.
NIGUCIM p.ludo 1. Qualquer coisa que o minerin acha pequeno.
NNN p.o.p. 1. Gerúndio do minerês: Brincannno, corrennno, innno, vinnno.
NUÉMERMO? z.bra. 1. Minerim procurando concordância com suas idéias.
NUM... NÃO ã.h. 1. Advérbios de negação usados na mesma frase: Num vô não. Num quero não. Num gosto não.
OIÓ TÓ x.x. 1. Olha aí, ó, toma...
ÓIQUI a.b.c. 1. Minerin tentando chamar a atenção para alguma coisa.
PÃO DJI QUEJ k.h. 1. Alimento fundamental na mesa mineira, disputa com o TUTU a preferência dos minerin.
PÓPÔPÓ? h.xá 1. A mineira perguntando ao marido se pode por o pó (ao fazer café).
PÓPÔPOQUIN o.d.d. 1. Resposta afirmativa do marido.
TREM s.b.p. 1. Palavra que nada tem a ver com transporte e que quer dizer qualquer coisa que o minerin quiser: Já lavô us trem? Eu comi uns trem. Vamo lá tomar uns trem?
TRIANGO MINER-RO m.p.b. 1. Triângulo Mineiro.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Paiolinho

PAIOLINHO

Paiolinho está situado no Sul de Minas Gerais . Distrito de Poço Fundo. Terra faceira...produz a cachaça "Roseira" ,
tradicional na região.
Também tem os mais lindos crochês que já vi.... Encantandores.
Tem a Cachoeira dos Pires, cercada pelos montes mineiros.
E o que tem de melhor... o povo acolhedor, simples , que dá valor ao essencial. Nada de frivolidades. É a vida
do campo, cheia de rituais : o café quentinho no bule, aguardando na chapa do fogão a lenha... O pão de queijo
delicioso, o leite espumante!!!! Que isso ! Cheiro do mato, cheiro de quitanda assando no forno, cheiro de Minas!!!
Mas quanta mineiridade... Nada de atropelos, de corre-corre. A vida vai sendo conduzida na mais perfeita harmonia
de tempo e espaço. Nada de conjecturas, suposições, pois a vida é um mistério mesmo....

domingo, 2 de setembro de 2007

SERRA DO CARAÇA - MINAS.....

“Só o Caraça paga toda a viagem a Minas.”
D. Pedro II, 1881

Estive na Serra do Caraça neste final de Semana . É uma emoção única, indescritível. A Natureza é prodigiosa em Minas Gerais. Não sei se é a altitude, as elevações moldadas com a precisão divina... só sei que estar em um lugar como o Caraça é um momento reflexivo. É sentir-se mais perto do Criador . São as coisas de Minas, já envoltas em meu coração e que me remetem a sentimentos de valorização de cada inspiração e expiração dos meus dias!
Sou feliz em Minas !!!

O Caraça é assim... deleitem-se!!!!!!!:
O Parque Nacional do Caraça, localizado na Serra do Espinhaço, no município de Catas Altas, que já foi colégio e seminário, hoje abriga a Hospedaria do Caraça, além de manter todo seu entorno natural, transformado em Reserva Particular de Patrimônio Natural, através do Decreto 98.914, de 31/01/1990, garantindo que esse santuário ecológico não venha sofrer futuros danos.
O santuário é mais um local especial de observação do rico patrimônio do Brasil, com seus rios, cascatas, matas, grutas e riachos, escondido entre as montanhas que compõem a típica paisagem da região que um dia serviu de passagem a muitos bandeirantes na época do ciclo do ouro no Brasil, durante o século XVIII.
Não só o Caraça, como toda a região de Catas Altas serviu de inspiração para muitos pintores viajantes, como foi o caso de Johann Moritz Rugendas, que esteve em Minas Gerais, em 1824, registrando a paisagem local no século XIX. Outra obra de arte, de autoria anônima, que retrata a beleza do Colégio do Caraça também no século XIX, faz parte do acervo do Museu da Inconfidência, em Ouro Preto. Vê-se, assim, que a paisagem possibilita, aos atuais visitantes, um real resgate do passado, ao sentirem a mesma fascinação causada aos desbravadores do século XVIII e XIX que se dirigiam a esse paraíso ambiental em suas expedições.
Tendo noção da importância do Caraça em nossa história, o Revista Museu convidou a jornalista Cláudia Soares para expor aos leitores um outra visão de sua recente viagem, feita a essa enigmática região, onde ela dá especial destaque à flora e fauna, sobretudo ao famoso lobo-guará, sem deixar de relatar o encantamento que é proporcionado por um passeio ecológico e cultural no Brasil.
Venha conosco conhecer um pouco mais sobre esse paraíso ecológico brasileiro.
A LENDA DO SANTUÁRIO
A vida do fundador do Caraça está envolta em lendas e mistérios. A lenda, conhecida em Minas, diz que o português Carlos Mendonça pertencia à família Távora.
Sendo Portugal, no século XVIII, um estado absolutista, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, acreditava que os jesuítas representavam uma séria ameaça à nobreza dominante da época, passando, então, a perseguí-los impiedosamente.
No ano de 1758, quando o Rei D. José foi vítima de um atentado, a suspeita recaiu sobre os Távoras, levando o Marquês de Pombal a castigar a família, queimando onze de seus membros em praça pública. Um deles, queimado em efígie, seria o jovem Carlos Mendonça Távora, que conseguiu fugir em um navio para o Brasil, escondendo sua origem sob um hábito religioso franciscano e utilizando o nome de Irmão Lourenço.
Ao chegar a Minas Gerais, encontrou uma região isolada e protegida por montanhas. Numa delas era possível enxergar os contornos do rosto de um gigante, batizado de Serra do Caraça.
Encantado pelo lugar, o Irmão Lourenço se estabeleceu na região e fundou, em 1774, a Capela de Nossa Senhora Mãe dos Homens. Assim, nascia o Santuário do Caraça, que se constitui em um rico patrimônio religioso, artístico e ecológico, localizado a 100 quilômetros de Belo Horizonte.
A PAIXÃO DA FAMÍLIA IMPERIAL
D. Pedro I, assim como seu pai, D. João VI, tinha um grande carinho pelo Caraça. Tendo que assinar uma lei – contra os frades e padres estrangeiros - , ele defendeu os amigos de seu pai e conferiu, em 1824, o título de Imperial à Casa do Caraça. No dia 16 de fevereiro de 1831, acompanhado da Imperatriz D. Amélia, foi visitar a Serra. No dia 7 de abril deste mesmo ano, assinava a abdicação e voltava para Portugal.
Como o pai, D. Pedro II visitou o Caraça em 1881, com a Imperatriz D. Teresa Cristina. Durante um passeio, na ladeira das sampaias, Sua Majestade escorregou em uma pedra batendo os assentos reais. Ainda hoje está registrado o tombo, onde podem ser vistas, gravadas na pedra, a data e as armas reais.
A admiração de D. Pedro II foi à primeira vista: “Não posso descrever tanta beleza!”... “passei por uma das mais belas cascatas que conheço... Admirei as montanhas, entre as quais a chamada Carapuça”.
A CONSTRUÇÃO E O ACERVO HISTÓRICO
A antiga ermida é hoje uma igreja em estilo neogótico, que teve sua construção iniciada em 1876 e consagrada em 1883. Seu arquiteto foi o Pe. Jules Clavelin, que era o diretor do Colégio e do Seminário e viu que na igrejinha não cabiam os 400 alunos.
O santuário sediou um seminário e um colégio interno, que funcionou durante 150 anos. O colégio foi aberto oficialmente no começo de 1821, e manteve suas atividades até 1968. Por lá passaram mais de 10 mil alunos, entre eles: 500 sacerdotes, 21 bispos e 120 deputados ou senadores por Minas Gerais, e 28 altos postos do Governo do País ou dos Estados, destacando-se Afonso Pena e Artur Bernardes, ex-presidentes do Brasil.
No mosteiro, o visitante pode apreciar a igreja, o claustro, o calvário com túmulos, a livraria cheia de exemplares raros, as ruínas do colégio e o museu com objetos que eram usados no mosteiro décadas atrás, além do órgão e dos vitrais. Nos arredores, podem ser vistos o muro da antiga senzala e a casa das sampaias, onde dormiam as funcionárias do seminário.
Em 1828, a obra-prima conhecida como “A Ceia de Ataíde” foi comprada pelos padres lazaristas por 324$000, revelando a arte do pintor Manoel da Costa Ataíde, (1762-1837). Ainda hoje, podemos admirá-la na igreja neogótica, em perfeito estado de conservação.
Outra grande obra é o órgão construído artesanalmente pelo Padre Luis Boavida, em 1881. A madeira empregada saiu toda da Serra do Caraça e a peça contém 700 tubos e 700 notas.
O turista que entrar na igreja se surpreenderá com a beleza de seus cinco vitrais. O vitral do meio, de 5 metros de atura, que representa o Menino Jesus no Templo, foi doação de D. Pedro II. Como sinal, aos pés do Menino Deus, está gravada a Coroa Imperial, tendo abaixo o escudo do Império.
Outra doação de Sua Majestade está exposta na sala de visitas: um quadro a óleo, com o Colégio do Caraça retratado na raiz da serra, de autoria do pintor alemão Jorge Grimm, professor da Academia de Belas Artes.
Boa parte do que restou da biblioteca, após o incêndio de 1968, está muito bem protegida no mosteiro. São 25 mil volumes que contam com raridades como, por exemplo, o mais antigo livro do Caraça : História Natural, de Plinius, de 1489.
Do que sobrou do prédio incendiado, que servia aos alunos do colégio, foi feito um belíssimo museu, onde pode-se admirar objetos que pertenceram ao Irmão Lourenço, as camas de D. Pedro II e sua esposa D.Teresa Cristina, as palmatórias, o fogareiro que ocasionou o incêndio, entre outros.
O INCÊNDIO
A noite de 28 de maio de 1968 pôs fim ao tradicional colégio e seminário do Caraça.
Um aluno, que ficou até mais tarde fazendo serviços de encadernação, esqueceu ligado o fogareiro elétrico, que era usado para manter em banho-maria a lata de cola. O prédio que servia de dormitório para os alunos e o prédio da escola onde tinha a biblioteca com 30 mil livros (14 mil foram salvos), a farmácia e a enfermaria, foram destruídos pelo fogo.
TRILHAS ECOLÓGICAS
O Parque Natural do Caraça é um bem-sucedido exemplo de como é possível manter, no Brasil, reservas privadas para a exploração do ecoturismo. Esse parque oferece as trilhas de mountain biking, trekking e off-road mais bonitas de Minas Gerais.
Paisagem com a Serra do Caraça ao fundo
m dos trekkings mais tradicionais da região é o que conduz ao Pico do Inficionado, a 2068 metros. São 9 quilômetros que levam cerca de 4 horas para ser percorridos, só de ida. No topo do pico tem-se uma visão panorâmica de toda a região. Também o Pico da Verruginha e Campo das Antas (7 km da sede), além da cachoeira do Campo Grande, a 1 km do Pico, e o Pico do Cajerana (10 km), trekking para o Pico do Sol (9 km). Mountain biking para o Campo de Fora (6 Km) finaliza o percurso com uma cachoeira de 50 metros.
Os que preferem caminhadas mais leves devem fazer a Trilha da Cascatinha. Em menos de meia hora chega-se a 4 piscinas naturais. Já a Cascatona fica um pouco mais longe (outros 6 quilômetros de caminhada). Algumas dessas trilhas podem ser percorridas de bike. A mais tradicional é a que vai à Gruta da Bocaina. A cachoeira do mesmo nome, que fica a 6 km da sede, é lindíssima. A água dos córregos e cachoeiras têm coloração avermelhada por causa do ferro contido nelas, em decorrência das rochas de quartizito presentes no solo
Há também trilhas para o Mirante (2,5 km), com piscina natural a 500 m do local, e o Banho do Belchor ( 3 km), com poço natural para banho.
Os atrativos não se resumem apenas ao Parque do Caraça. A região, formada pelos municípios de Catas Altas, Barão de Cocais e Santa Bárbara, oferece mais de 50 trilhas.
OS LOBOS DÃO AS BOAS VINDAS
Há na região pelo menos uma família de lobos-guarás, animais ameaçados de extinção. Todos os dias, ao anoitecer, um ou dois deles se aproximam do santuário, sobem a escadaria da igreja e comem na mão de um dos padres.
É um ritual. Basta sentar-se na varanda em frente à igreja, comendo pipoca e bebendo um chá caseiro oferecido pelos padres, e esperar, com as máquinas fotográficas em punho.
O hábito surgiu há algumas décadas quando para evitar que os lobos atacassem o galinheiro, um dos padres passou a deixar pedaços de carne para eles, que se acostumaram com a mordomia e acabaram não se importando com a presença das pessoas que assistiam seu “jantar” . Os primeiros lobos morreram de velhice e hoje são seus filhotes já adultos, às vezes levam a sua prole.
Os lobos não são os únicos animais que freqüentam o parque. Por volta das 6 horas da manhã, aves como mutuns, jacus, gaviões e papagaios reúnem-se, para o êxtase dos visitantes. No mesmo horário, macacos fazem algazarra no Tanque Grande. Jaguatiricas, quatis, tamanduá-bandeira, sagüis, tucanos e saracuras também fazem parte da rica fauna.

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Mineiro nunca é o que parece, sobretudo quando parece o que é...(Millor Fernades)

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Queijo Minas!!!

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CACHOEIRA DOS PIRES- PAIOLINHO

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"...na noite, ao longe apita o trem de Minas

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Montanhas de Minas....

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Fiquei com saudade de um mundo que perdi (por culpa própria): o mundo do tempo comprido, arrastado (os paulistas ficam aflitos ouvindo a fala vagarosa e cantada dos mineiros....); dos móveis feitos a golpes de enxó, orgulhosos de sua rusticidade; das crianças de pés descalços na enxurrada; do cheiro dos cavalos suados; do frango com quiabo, angu e pimenta; do caldo de “ora-pro-nobis” com fubá; do café na canequinha de folha; da cadeira de vime à porta de casa; na rua, meninada brincando; meu pai fumando cachimbo; do banho de cachoeira; sobretudo, saudades do Mar de Minas.

Minas

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"Minas, são muitas. Porém, poucos são aqueles que conhecem as mil faces das Gerais".

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SANTUÁRIO CARAÇA

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SERRA DO CARAÇA

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"Minas Gerais principia de dentro para fora e do céu para o chão."

Mantiqueira

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"Quando Minas se enfraquece, o Brasil definha. Minas é a união, é a liga inquebrantável que une as fissuras dos Brasis: o do norte, sertão agreste, e o do sul. Minas não tem mar porque o mar é salgado. Minas é doce. Suas águas são as águas da unidade nacional.”